19 julho 2015

Pan-Americano 2015: Ricardo Winicki conquista o tetracampeonato panamericano na regata

Ricardo Winicki chegou à última regata com uma simples missão para chegar ao quarto título da classe RS:X dos Jogos Pan-Americanos: terminar a prova. Por conta dos resultados positivos nas primeiras regatas - venceu seis das 12 disputas - o brasileiro disputou a última regata quase com a medalha no peito. Conseguiu a terceira posição na prova vencida pelo argentino Mariano Reutemann. A tarde foi calma em Toronto, com pouco vento, o que fez com que o brasileiro tivesse que esperar mais de cinco horas para entrar em ação.

- Eu só precisava cruzar a linha de chegada. Dá um medo de quebrar o equipamento, quebrar a quilha. Dois dias antes do campeonato, o mastro quebrou, coloquei o reserva. A vida não está fácil para ninguém, dá medo de quebrar alguma coisa ou queimar a largada. Fiz o feijão com arroz - disse.

Na história dos Jogos Pan-Americanos, Bimba já tinha três ouros - em Santo Domingo/2003, Rio de Janeiro/2007 e Guadalajara/2011. O brasileiro, de 35 anos, também foi prata em 1999, em Winnipeg, quando tinha apenas 19 anos. O resultado o coloca como a terceira pessoa a conseguir ganhar quatro títulos seguidos de uma mesma prova: os outros dois são Lucélia Carvalho, do caratê, e Marcel Stürmer, da patinação. Bimba já pensa no Pan de 2019, no Peru:

- Estou muito feliz pelo resultado, é uma marca que mostra o resultado que venho fazendo. O nível do campeonato estava alto, isso me ajudou bastante. Eu perdi a medalha de ouro quando eu tinha 19 anos em 1999, fiquei com a prata. Perdi no desempate. Aí depois vieram quatro títulos. Quero continuar velejando e ir para o Peru tentar o pentacampeonato - disse o atleta, se referindo aos Jogos Pan-Americanos de Lima, dentro de quatro anos.

Em Toronto, a medalha de prata foi para o mexicano David Teran, e o bronze foi conquistado pelo argentino Mariano Reutemann.

Os olhos do velejador se voltam agora para o Campeonato Mundial, que será realizado em outubro, em Omã. Antes disso, o brasileiro participa do evento teste para as Olimpíadas, em agosto, no Rio de Janeiro.

Patrícia Freitas conquista o bicampeonato

Patrícia Freitas também estava bem perto da medalha de ouro na classe RS:x, conseguiu o objetivo e garantiu o bicampeonato. Ela podia ficar até duas posições atrás da mexicana Demita Vega, mas não se deu por satisfeita com um resultado "simples", conseguiu outra vitória para garimpar o título:

- Fechei com chave de ouro o Campeonato, venci a última regata.Minha estratégia era sempre velejar colada na mexicana, algumas vezes eu até estava na frente e deixei ela passar, ficar colada. Porque talvez ela fosse para um lado diferente do meu e pudesse ganhar - disse, se referindo ao fato de entrar na prova podendo ficar até duas posições atrás da mexicana.

A velejadora carioca havia vencido nove das 13 regatas da fase inicial, mas sempre seguida de perto pela mexicana, que conseguiu ser a primeira colocada nas outras quatro provas. A atleta, treinada por Alexandre Paradeda, que competiu o Pan na classe Snipe, terminou com 17 pontos contra 24 da rival centro-americana. A largada estava marcada para às 13h (de Toronto), mas ela ficou esperando quase cinco horar para velejar.

- É chato. Eles seguraram a gente na água muito tempo, o vendo morreu, então é chato esperar, mas é chato - disse, sorrindo.

É o segundo título pan-americano de Patrícia, que tem como principal resultado na carreira uma medalha de bronze na etapa de Miami da Copa do Mundo deste ano. No Mundial de 2013, terminou na quarta posição.

Martine Grael e Kahena Kunze ficam com a prata

Atuais campeãs mundiais da classe 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze confirmaram neste sábado a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos. Elas ficaram em segundo lugar na última regata, pouco a frente da dupla americana formada por Paris Hencken e Helena Scoutt. A medalha de ouro já estava garantida para as argentinas Victoria Travascio e Maria Branz. Favorita ao título, Martine saiu contente com a prata:

- A gente coloca um pouco de pressão sobre si mesmo. A gente nunca competiu com um vento tão fraco como tivemos aqui. O campeonato foi bem sofrido para gente. A gente é bem mais pesada que as argentinas, o que faz com que elas sejam mais velozes. O balanço do Pan é positivo - disse.

Fonte: globoesporte.com

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