24 julho 2015

Pan-Americano 2015: Brasil vence os EUA e termina a fase classificatória do basquete masculino em primeiro

Do início ao fim, a seleção brasileira masculina de basquete dominou os Estados Unidos, venceu por 93 x 83 e se classificou para as semifinais dos Jogos Pan-Americanos de Toronto com a primeira colocação do Grupo A - com 100% de aproveitamento. Com atuação impecável da dupla Vitor Benite e Augusto Lima, o Brasil chegou a abrir 18 pontos de vantagem para os americanos. O time do treinador Ruben Magnano volta à quadra nesta sexta-feira, às 14h30 (de Brasília), para enfrentar a República Dominicana por uma vaga na decisão. EUA e Canadá se enfrentam na outra semi, às 19h.

Benite foi o cestinha da partida com 34 pontos anotados, sendo 24 deles em bolas de três. Já Augusto Lima fez 14 e ainda dominou o garrafão, com oito rebotes - quatro ofensivos e quatro defensivos.

- Tem dia que o aro parece um saco grande, a gente treina para isso. Tem dias que até bola de sorte cai. O trabalho coletivo também foi importante, todos trabalharam para mim, sempre para eu receber a bola porque era um dia bom para mim. Eles têm jogadores muito bons, mesclando juventude e jogadores calejados. É uma equipe muito boa. Tem um gosto muito especial vencer os Estados Unidos - falou o armador após o jogo.

O JOGO

Quem começou marcando foram os Estados Unidos. Aliás, Bobby Brown anotou os sete pontos iniciais dos americanos. Mas quem realmente dominou o primeiro quarto foi a dupla Benite e Augusto Lima. Calibrado na linha dos três, o jogador do Flamengo marcou nove pontos de fora do perímetro. Já o grandalhão reinou nos rebotes - ofensivos e defensivos. Com os dois, mais Leo Meindl, Hettsheimeir e Rafael Luz em quadra, a seleção marcou bem e terminou com boa vantagem: 24 x 17.

Os americanos voltaram melhor. Brown continuava pontuando, mas ganhou o auxílio de Anthony Randolph. Com quase todos os titulares no banco, a seleção tinha Rafael Luz, JP Batista, Larry Taylor, Ricardo Fischer e Marcus Toledo em ação. O quinteto parecia meio atrapalhado em quadra. Parou de pontuar e não marcava bem. Rafael Souza entrou, e o cenário mudou. Ele marcou de três e no contra-ataque fez mais dois para recolocar o Brasil no jogo. Faltando dois minutos para o fim do segundo período, Magnano voltou com a dupla Benite/Augusto para a quadra. Os dois ajudaram a manter a diferença no placar, e a partida foi para o intervalo assim: 47 x 38.

Se a coisa estava boa, ela ainda iria melhorar. "On fire", Augusto Lima voltou para o terceiro quarto já com uma jogada de três pontos. Cesta e falta: 50 a 40 no placar. O grandalhão, marcava, pegava rebote e até dava assistência, como a que deixou Hettsheimeir livre para marcar da linha dos três. Os americanos bem que tentavam, mas não conseguiam parar a dupla. Benite continuava certeiro, de longe ou de perto. E foi uma bola de três dele que deu ao Brasil sua maior vantagem no jogo: 18 pontos. O terceiro quarto terminou com 75 x 57.

- Cada um tem o seu papel. O meu é pegar rebote e brigar com todo mundo. Se tiver que me jogar de cabeça eu jogar, se tiver que fazer 30 faltas, vou fazer. Essa é minha função aqui. Hoje o Benite teve uma atuação incrível. Cada dia vai ser um, a gente tem que estar preparado. Jogo a jogo temos que fazer o melhor possível e tentar a medalha de ouro. Os caras (americanos) são como a gente no futebol e é uma vitória que dá moral. Vamos chegar bem no próximo jogo, mas não podemos deixar subir à nossa cabeça - disse Augusto Lima.

O período final começou com os Estados Unidos marcando quatro pontos seguidos. Nada que abalasse a confiança do Brasil. Magnano fazia alterações que davam certo. Rafael Souza e Marcus Toledo entravam bem. Mas quem não conseguia parar de acertar era Benite. De três, dois ou no lance-livre, ele chegava aos 28 pontos e mantinha a vantagem tranquila no placar. Hettsheimeir também acertava de longa distância. Os EUA ameaçaram uma reação com Brown e Langford. Entraram no minuto final com apenas sete pontos atrás e a posse de bola. Mas aí mais uma bola de três de Benite acabou com as esperanças americanas: 93 x 83.

- O Brasil jogou um jogo muito inteligente, com muita pegada na defesa e selecionando os ataques. O time americano tem muito volume de jogo, e nós tiramos esse volume. Corremos quando tínhamos que correr e paramos quando tínhamos que parar. O Benite estava numa noite muito especial, então nos aproveitamos disso. Mas seria muito egoísta da minha parte falar que só Augusto e Benite são os dois jogadores da equipe. Eles tiveram atuações brilhantes, mas a equipe trabalhou para eles - finalizou o treinador argentino.

Fonte: globoesporte.com

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