A Espanha recorreu ao discurso de que “todos atacam, todos defendem” para exaltar a performance brilhante do time na Copa do Mundo, coroada com o título inédito obtido neste domingo após vitória diante da Holanda por 1 a 0, neste domingo, em Johanesburgo. A Fúria, entretanto, será lembrada por sua “muralha” defensiva. Pela primeira vez na história dos Mundiais uma equipe campeã passou toda a fase de mata-mata sem sofrer nenhum gol. Casillas fechou a Copa ostentando invencibilidade de mais de 400 minutos sem sofrer gol. Foram quatro triunfos nas fases de confrontos diretos, todos pelo mesmo placar: Espanha 1 a 0 Portugal, Espanha 1 a 0 Paraguai, Espanha 1 a 0 Alemanha, e Espanha 1 x 0 Holanda. A base defensiva é praticamente toda composta por atletas do Real Madrid e Barcelona. O goleiro Casillas, o lateral-direito Sérgio Ramos e o volante Xabi Alonso defendem o time madrilenho, enquanto os zagueiros Pique, Puyol e os volantes Xavi e Busquets representam o clube catalão. A exceção é o lateral-esquerdo Capdevilla, do Villarreal. Casillas guardará ricas lembranças neste Mundial. A defesa na cobrança de pênalti batida pelo paraguaio Oscar Cardozo foi determinante para o êxito espanhol. O jogo estava empatado por 0 a 0 no 2º tempo, quando Casillas impediu o gol na penalidade. Pouco depois, a Fúria marcou, com David Villa, avançando para as semis. Na decisão do título, o espanhol tirou com o pé a bola em chute frente a frente com Robben. O sucesso defensivo espanhol abafa os comentários sobre suposta interferência negativa da jornalista Sara Carbonero nas atuações do namorado Iker Casillas. Jornais espanhois culparam a bela repórter, que trabalhou atrás da meta espanhola, por ter tirado o foco de Casillas na derrota diante da Suíça, 1 a 0, na primeira rodada do Mundial. Por motivos profissionais, os dois costumam se encontrar à beira do campo ao fim de partida: Carbonero como entrevistadora e Casillas como entrevistado. O goleiro espanhol tratou com desprezo os boatos sobre eventual desatenção, destacando que o revés na estreia contra a Suíça ocorreu meramente por fatores “dentro de campo”. "Fico incomodado pelo fato de a imprensa esportiva não me julgar por eu agarrar uma bola, jogá-la para longe ou cometer um erro. Eu nunca me meti na vida particular de ninguém", desabafou Casillas, que sofreu dois gols em sete jogos.
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