Copa do Mundo 2010: Campeã da Europa e do mundo, Espanha fecha ciclo com 87% de aproveitamento

Os números corroboram o título mundial da Espanha na África do Sul. A Fúria superou o trauma de “amarelar” nas decisões e nos últimos quatro anos teve uma campanha quase perfeita. Faturou os dois títulos mais importantes do futebol: a Eurocopa, em 2008, e a Copa de 2010. Após a eliminação nas oitavas de final do Mundial de 2006, os espanhóis disputaram 61 partidas (contando a vitória deste domingo sobre a Holanda), ganharam 52 vezes, empataram 4 e perderam 5 – um aproveitamento de 87,4% dos pontos. Assim, a Fúria faz a dobradinha Eurocopa e Copa do Mundo e repete o feito da Alemanha, que conquistou as duas competições na sequência, em 1972 e 74. Os holandeses entraram em campo invictos havia 27 partidas, desde setembro de 2008, e com uma campanha 100% na Copa (venceram os seis jogos antes da final, inclusive do Brasil nas quartas, por 2 a 1). Sucumbiram diante da Fúria e encerram o ciclo de quatro temporadas, após o Mundial de 2006, com 39 vitórias, 10 empates e 6 derrotas, um aproveitamento de 76,9% dos pontos. Após o fracasso na Copa da Alemanha, há quatro anos, quando teve uma participação perfeita na primeira fase mas ‘pipocou’ nas oitavas e perdeu para a França, a Espanha manteve Luis Aragonés no comando. No segundo semestre de 2006, perdeu 3 compromissos, ganhou 2 e empatou 1. A boa fase surgiu em 2007, com 10 triunfos e 2 empates. No ano seguinte, a consagração veio com o título da Eurocopa. Foram cinco triunfos e um empate (0 a 0 nas quartas de final com a Itália, e vitória nos pênaltis). Após a conquista no Velho Mundo, Aragonés saiu e Vicente Del Bosque assumiu a equipe. 2009 foi uma temporada quase perfeita, com 15 triunfos em 16 compromissos. Entretanto a única derrota aconteceu em um duelo de mata-mata – 2 a 0 para os Estados Unidos nas semifinais da Copa das Confederações -, e o histórico de decepcionar em jogos decisivos voltou a assombrar o país ibérico. A Espanha reagiu e ganhou todas as suas partidas até desembarcar na África do Sul. Logo na estreia, protagonizou a primeira zebra do Mundial, ao perder por 1 a 0 para a Suíça. Depois ganhou tudo e pela primeira vez na sua história levantou a taça mais importante do futebol no planeta.