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Marcos Assunção levou a melhor no duelo com o santista Danilo no clássico (Foto: Agência Estado) |
Fora de campo, o Palmeiras vive mais uma turbulência com a situação envolvendo o atacante Kleber, que alegou continuar sentindo dores na coxa para não entrar em campo mais uma vez. Dentro das quatro linhas, pelo menos neste domingo, a ausência do Gladiador não foi sentida. Em uma de suas melhores atuações na temporada, o Verdão fez o que quis em campo e marcou 3 a 0 em cima de um desligado Santos, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar dos desfalques de Elano, Neymar e Ganso (na Seleção Brasileira que disputa a Copa América), o campeão da Libertadores parece ainda não ter voltado à realidade.
Com o triunfo, o quinto na competição, o Palmeiras voltou para o G-4, na quarta colocação, com os mesmos 18 pontos do São Paulo, que leva vantagem por ter uma vitória a mais. E o Verdão ainda mostrou que, apesar de não ter um time técnico, pode ir longe por causa do espírito de luta de seus jogadores, que refletem o comando de Luiz Felipe Scolari dentro de campo.
Já o Peixe de Muricy Ramalho, que perdeu pela quarta vez, só não termina o fim de semana na zona de rebaixamento porque tem um gol a mais que o Atlético-GO, que abre o grupo das piores equipes da competição após a derrota para o líder Corinthians por 1 a 0, em Goiânia. Vale lembrar, no entanto, que o time da Baixada Santista tem dois jogos a menos que os rivais. Os duelos contra Corinthians e Fluminense foram adiados por causa das finais da Libertadores.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. O Santos buscará a reabilitação no sábado, às 21h, contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro. Já o Palmeiras receberá o Flamengo no Pacaembu no dia seguinte, às 16h.
Verdão resolve o clássico no primeiro tempo
Mais uma vez sem Kleber, Luiz Felipe Scolari retirou Wellington Paulista, que não foi bem no empate por 1 a 1 com o América-MG, e pôs Dinei. No meio, Lincoln pediu para não ser relacionado porque recebeu uma proposta do Fluminense e não queria completar a sétima partida. O treinador, então, deu chance ao garoto Patrik. No Peixe, Muricy promoveu o retorno de Diogo, que ficou parado três meses por causa de uma lesão nas costas. A ideia era formar um trio na frente junto com Rychelly e Borges. No meio, três volantes para bloquear a armação palmeirense.
O primeiro tempo pode ser dividido em duas partes. Na
primeira, até os 20 minutos, o jogo ficou amarrado, com as marcações
prevalecendo e nenhuma grande chance de gol criada. Aos 20, após bela jogada de
Gabriel Silva pela esquerda, o Palmeiras abriu o marcador com Maikon Leite, que
recebeu ótimo passe de Luan, driblou Rafael e bateu para o gol vazio. Foi o
segundo gol do camisa 7 alviverde, que curiosamente havia comemorado o
tricampeonato sul-americano por sua ex-equipe no mesmo Pacaembu há três
semanas. E, apesar de seu passado, o atacante fez questão de comemorar o gol
com a torcida alviverde, que dominou a arquibancada do Pacaembu. Aos 29,
Maurício Ramos, de cabeça, fez o segundo.
Daí para frente, foi um passeio do Palmeiras. O
Santos, apesar de Danilo e Arouca lutarem muito no meio, sofria com a falta de
criatividade. É bem verdade que os alvinegros subiram a marcação para tentar
levar perigo. Mas isso, além de não resultar em um lance de perigo, deixou o
contra-ataque à disposição do Verdão, ora com Maikon Leite pela direita, ora
com Luan pela esquerda. E foi o segundo, até outro dia tão criticado pela
torcida, que criou a jogada do terceiro gol, marcado por Patrik, em belo chute
de fora da área. Muricy Ramalho, incrédulo com o que estava acontecendo, não
esboçava reação no banco de reservas do Santos
Muricy mexe, Santos melhora, mas Verdão administra até o fim
Irritado com o desempenho de sua equipe, o treinador santista mexeu no intervalo e partiu para o tudo ou nada. Sacou Possebon e Rychelly, ambos em noite ruim, para colocar Roger e Felipe Anderson. Logo no primeiro lance, o Peixe só não diminuiu sua desvantagem porque Marcos trabalhou muito bem em lance de Borges. O jogo recomeçou como terminou o primeiro: com o Peixe buscando o ataque e deixando o contra-ataque para o Verdão, que só não fez o quarto aos 16 porque Maikon Leite falhou na finalização.
Muricy queimou seu último cartucho com a entrada de Tiago Alves na vaga de Diogo. Felipão respondeu sacando Maikon Leite, que foi muito aplaudido pela torcida, para colocar Tinga - e assim reforçar a marcação no meio-campo. Minutos depois, João Vítor entrou no lugar de Cicinho. O Palmeiras, a essa altura da partida, já se dava por satisfeito e só administrava a partida diante de um rival lutador, mas inoperante.
Aos 40, Patrik, cansado, cedeu sua vaga a Pierre. No fim, festa da torcida alviverdade para comemorar a justa vitória de sua equipe, enquanto o santista deixou o Paulo Machado de Carvalho com a pulga atrás da orelha, pensando se a situação desconfortável no Brasileiro pode atrapalhar a preparação para o Mundial de Clubes da Fifa no fim do ano.
Da Redação>>
O Verdão do Palestra mostra, mais uma vez, por que é um time de tradição e um dos grandes da capital. Embora venha de uma sequência de empates e vitórias, o Palmeiras estava, antes de jogar contra o Santos, fora do G4, o grupo dos 4 times que vão para a Libertadores da América em 2012*. Mas, o Palmeiras ainda é um time instável. Enfrentou um Santos desfalcado, sem Neymar e companhia. Não desmerecendo o trabalho de Felipão - e muito menos dos guerreiros do gramado. Mas, a verdade é que o Palmeiras tem muito o que trabalhar para dar à sua torcida a alegria de dizer "Somos os Maiores campeões Brasileiros, os "únicos" Enea campeões." Avanti Palestra!Lembrando também que o Santos F.C também possui oito títulos brasileiros,após o reconhecimento dos títulos pela CBF.
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