27 junho 2011

Bola aérea fura retranca e Palmeiras perde por 2 a 0 do Ceará fora de casa

O Palmeiras previu pressão do rival durante toda a semana, recuou a equipe e apostou na sua eficiência defensiva para seguir invicto e em boa fase. Nada deu certo. Com uma bola aérea precisa, o Ceará acabou com o planejamento de Felipão, venceu em casa por 2 a 0 e acabou com a invencibilidade do time alviverde.

O resultado negativo mantém o Palmeiras com 11 pontos, agora na terceira colocação, por conta da vitória do Corinthians sobre o São Paulo. Já o Ceará deixa a zona do rebaixamento e chega aos sete pontos. Foi a primeira vitória do clube nordestino diante de sua torcida, que já começava a pressionar por melhores resultados.
E esse alívio pode ser creditado à aposta da equipe de Vagner Mancini nas bolas aéreas. O Palmeiras parecia preparado, é bem verdade. Ciente da pressão que o São Paulo recebeu da mesma equipe na semana passada, quando venceu por 2 a 0 com grande atuação de Rogério Ceni, Felipão recuou a equipe.
Sem Luan, suspenso, o técnico trocou um atacante por um volante no esquema tático. Chico entrou com a missão de congestionar o meio-campo e ajudar Marcos Assunção e Márcio Araújo na marcação. Thiago Heleno e Leandro Amaro ainda teriam de parar Osvaldo e Washington, para que o trio Lincoln, Kleber e Wellington Paulista decidisse lá na frente.
O plano ficou em xeque a partir dos 7 minutos. Após um escanteio, Washington subiu mais alto e testou firme no lado direito de Marcos, que não alcançou.
Forçado a sair para o ataque, o Palmeiras passou a esbarrar na defesa do Ceará e se abriu completamente. Kleber e Wellington Paulista só chegavam com perigo em lances isolado, e não exigiram muito do goleiro Fernando Henrique.
Os laterais alvinegros, Boiadeiro e Vicente, por sua vez, cresceram e se transformaram nas principais armas do Ceará. Foi dos pés de Boiadeiro que saiu o cruzamento para o segundo gol, aos 46min do primeiro tempo. No segundo pau, Vicente escorou de cabeça e Thiago Humberto bateu de primeira, no canto esquerdo de Marcos.

Felipão ainda tentou mexer no time. Colocou Patrik e Adriano em campo, para dar volume ao ataque palmeirense. Só que a atuação apagada de Lincoln, substituído no intervalo, manteve o Palmeiras sem criação. O retrato do segundo tempo se manteve o mesmo.
O Palmeiras teve um domínio estéril, com muita posse de bola e pouco perigo ao gol adversário. As exceções foram um chute de longe de Adriano e uma boa chance com Chico, que bateu por cima do gol quando estava de frente para Fernando Henrique. Já o Ceará aproveitava clarões na zaga rival e chegou a mandar bola na trave de Marcos, mas não ampliou o marcador. 
Da redação >>
O Palmeiras volta a sofrer com as jogadas aéreas. Dos 5 gols que o verdão tomou no campeonato, 4 foram de bolas alçadas na área, cabeceio do adversário e caixa - restou ao Marcos buscar a bola no fundo das redes. Entre crises abafadas do Verde, cutucões entre jogadores, técnico e direção, o Palmeiras vai caminhando, tentando voltar a competir com a garra de sempre - que o fizeram invencível nas primeiras rodadas. 

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