No primeiro jogo da temporada em que não sofreu gol, o ataque do Atlético-MG também passou em branco, de forma inédita em 2011, e o empate em 0 a 0 com o Grêmio Prudente, nesta quarta-feira, na Arena do Jacaré, o eliminou logo na segunda fase da Copa do Brasil. A desclassificação aconteceu em meio a crise vivida pelo clube, que resultou nas dispensas do meia Ricardinho e do volante Zé Luís, sob a justificativa de se manter a hierarquia e preservar o comando de Dorival Júnior. O time da casa teve ainda um gol anulado, marcado pelo zagueiro Réver, aos 41 min do segundo tempo, quando estava com dois jogadores a menos em campo. Como havia vencido o jogo de ida, há uma semana, em sua casa, o Grêmio Prudente entrou em campo podendo jogar pelo empate. E o time paulista atuou o tempo todo de olho no regulamento, fechado na defesa e marcando muito forte a equipe atleticana. Uma vitória por 1 a 0 garantiria a vaga ao Atlético-MG, o que acabou não acontecendo. Numa prova de descontrole, o time de Dorival Júnior terminou a partida com nove jogadores em campo, em função das expulsões do zagueiro Leonardo Silva e do volante Serginho, aos 29 min e 33 min do segundo tempo, respectivamente. A torcida atleticana, que apoiou o time até então, se revoltou, perdeu a paciência e passou a gritar “olé”, enquanto assistia o Grêmio Prudente tocar a bola. Ao final, vaiou bastante o time, enquanto via a comemoração dos atletas adversários. Dessa forma, o Grêmio Prudente, que apesar de ter vencido o Santo André, por 3 a 1, na rodada anterior, continua na lanterna daquela competição e ameaçado pelo rebaixamento, enfrentará o Ceará, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O clube cearense eliminou o Brasiliense, com uma vitória por 2 a 1, no Castelão, com gol marcado aos 48min do segundo tempo, com Marcelo Nicácio, ex-jogador do Atlético. No jogo da ida, em Presidente Prudente, o Atlético-MG teve Ricardinho como titular, inclusive fazendo o lançamento para o gol de Magno Alves, que aumentou as esperanças atleticanas, por ter balançado as redes adversárias fora de casa. No sábado passado, no entanto, a diretoria atleticana anunciou a dispensa do veterano meia e também do experiente Zé Luís. No domingo, o time atleticano venceu o Democrata, em Governador Valadares, pelo Mineiro, por 3 a 1. E Dorival Júnior repetiu a formação atleticana para tentar sua classificação à fase seguinte da Copa do Brasil. Numa demonstração de que não aprovou a atuação do time no primeiro tempo contra o Grêmio Prudente, o treinador fez duas mudanças para a etapa final. Ele colocou Patric no lugar de Rafael Cruz, na lateral direita, e Neto Berola na vaga de Renan Oliveira, deixando o time com três atacantes. O primeiro tempo começou como previa o técnico do time visitante, Márcio Goiano, com a pressão atleticana. “Jogando em casa e precisando vencer, o Atlético vai sair para o jogo”, afirmou o treinador da equipe paulista, pouco antes do início da partida. Logo que a bola rolou o alvinegro mineiro partiu para cima do adversário, com o objetivo de tirar a vantagem do oponente. A pressa atleticana contrastava com a calma do Grêmio Prudente, que jogava pelo empate. Nos primeiros 25 minutos, o Atlético-MG finalizou seis vezes, embora a maioria delas tenha sido de forma errada. Quando a pontaria estava certa, o goleiro Márcio fez as defesas. Passa a pressão inicial, no entanto, o Grêmio Prudente começou a se soltar, utilizando a mesma estratégia bem-sucedida no jogo de ida, há uma semana: as bolas altas cruzadas sobre a área atleticana. Apesar de contar com dois zagueiros altos, Réver e Leonardo Silva, o Grêmio Prudente voltou a levar perigo ao gol defendido por Renan Ribeiro, que demonstrou hesitação em algumas saídas para cortar cruzamentos. A torcida atleticana tentava fazer a sua parte, empurrando o time, que demonstrava muita vontade, mas não conseguia se acertar em campo. O Atlético também insistia nas bolas alçadas sobre a área adversária, tentando utilizar o atacante Ricardo Bueno, mas a zaga do Grêmio Prudente conseguia controlar a situação, ao contrário do sistema defensivo dos donos da casa, que permitiam a conclusão dos atacantes oponentes. Nos minutos finais, o Atlético-MG voltou a pressionar e esbarrou no goleiro Márcio, que fez duas defesas seguidas. “Está difícil, eles estão fazendo bola de fundo, mas o cruzamento está vindo no primeiro pau, tem de ser bola mais de meio de área”, lamentou o atleticano Ricardo Bueno. O goleiro Márcio, que trabalhou bastante nos 45 minutos iniciais, reconheceu que a pressão inicial do Atlético foi grande. “Poderíamos ter levado o gol, temos de procurar manter ao máximo a bola no nosso campo de ataque”, receitou o camisa 1 do Grêmio Prudente. Enquanto o Atlético voltou com duas mudanças para o segundo tempo, o time paulista voltou com a mesma formação. O panorama do jogo também não se alterou muito. O alvinegro tentava tomar a iniciativa do ataque, enquanto o Grêmio Prudente, bem fechado, explorava os contra-ataques, recorrendo também às bolas levantadas sobre a área atleticana. À medida que o tempo passava e o placar continua 0 a 0, aumentava o nervosismo do time atleticano. Com o meia Mancini, que havia substituído a Ricardo Bueno, o Atlético buscava o gol salvador. Apesar da grande pressão, o time não conseguia criar muitas chances. As finalizações de longa distância eram uma alternativa, mas a pontaria não ajudava. Aos 29 min, Leonardo Silva, que já tinha cartão amarelo, foi expulso, deixando o Atlético com 10 jogadores em campo. Quatro minutos depois, Serginho acertou o pé no rosto de Alceu e foi expulso. Com dois jogadores a menos, o time mineiro ainda teve um gol anulado, marcado por Réver, aos 41 min. Nos descontos, Márcio defendeu chute de Mancini, garantido a classificação da equipe paulista.
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