12 fevereiro 2011

Basquete: Máquinas mortíferas

Santo André e Catanduva fazem duelo de cestinhas e equipes que mais pontuaram. O melhor ataque é o... ataque. Essa parece ser a filosofia de jogo de Santo André e Catanduva, que iniciam neste sábado, no ginásio Pedro dell’Antonia, a série melhor de cinco que apontará um finalista da Liga de Basquete Feminino. O encontro colocará em choque as duas equipes mais ofensivas do campeonato nacional. Se as donas da casa têm na cubana Ariadna a principal cestinha da competição (239), o time do interior paulista lidera as estatísticas de pontos marcados (1.160). A partida começará às 18 horas. Do duelo entre a segunda e a terceira colocadas na primeira fase sairá o adversário do vencedor de Americana x Ourinhos no jogo único que definirá o título. O retrospecto das equipes sugere uma partida sem favoritismo, mas que poderá antecipar uma tendência. "Temos de aproveitar a vantagem de jogar em casa com o apoio da torcida, porque uma vitória já nos garantirá no mínimo o direito de decidir em nossa quadra", analisa Ariadna, uma das responsáveis pelo crescimento da agremiação do ABC. Depois de perder para Americana e Catanduva no turno, Santo André fechou as partidas de volta com 100% de aproveitamento. Santo André ficou duas semanas sem atuar, a exemplo de Americana, já que o regulamento colocou diretamente nas semifinais as duas melhores equipes da primeira fase. O intervalo foi benéfico para o grupo, na avaliação de Ariadna. "Foi bom para colocarmos em dia a parte física e corrigir defeitos nos treinamentos, o que não vínhamos podendo fazer por causa da sequência de jogos. Trabalhamos bastante a parte defensiva, porque diante de grandes adversários como Catanduva, Americana e Ourinhos não se pode facilitar", lembra a ala natural de Havana. Ariadna não acredita que o técnico Edson Ferreto imponha marcação individual sobre ela. "Talvez fosse até melhor, porque sobraria espaço para jogadoras de qualidade como Ega, Micaela e outras", observa. Ariadna disse ainda que a técnica Laís Elena chamou a atenção para o ponto mais forte de Catanduva. "É um time muito veloz, que contraataca bem e tem volume de jogo. Temos de ditar nosso ritmo e não entrar na correria delas. Mas acredito que nossa vitória sobre elas foi o retrato da nossa evolução no returno." A delegação de Catanduva viajou para o ABC nesta sexta-feira. A ala Palmira admite que a equipe caiu um pouco de rendimento no returno, mas que a fase final do campeonato deverá ser marcada pelo equilíbrio entre os quatro semifinalistas. "Se fizermos o nosso jogo, temos condições de sair com a vitória e, quem sabe, até aproveitar as próximas partidas em casa para fechar a série", sonha. Palmira concorda com a avaliação de Ariadna sobre a principal característica da equipe. "Nossa arma mais forte é o contraataque. Nos últimos jogos, no entanto, não estivemos tão bem. Agora, temos de melhorar a defesa e a saída de bola." Com 232 pontos, sua companheira Clarissa - principal reboteira do campeonato - só é superada por Ariadna. Da mesma forma, Santo André fica atrás apenas de Catanduva em pontos anotados (1.093). As semifinais serão abertas oficialmente às 14 horas em Americana, onde o time local - que só perdeu um dos 14 jogos disputados na primeira fase - recepcionará Ourinhos, pentacampeão brasileiro de 2004 a 2008. O SporTv2 anuncia a transmissão ao vivo.

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