26 janeiro 2011

Sul Americano Sub-20 2011: Gol são-paulino e árbitro 'amigo' dão vitória ao apático time misto do Brasil

Narvaez se joga na bola para tentar interceptar lançamento para Henrique. O Brasil mostrou depender demais das suas grandes estrelas, como Neymar, que foi poupado. A equipe mista escolhida pelo técnico Ney Franco mostrou um futebol muito abaixo do esperado, mas conseguiu garantir a vitória por 1 a 0 contra o Equador com um gol do atacante Henrique e, também, com a ajuda do árbitro argentino Diego Abal.
O juiz mostrou excesso de rigor e expulsou um equatoriano logo aos 28min do primeiro tempo, prejudicando o rival. Mesmo com um jogador a mais durante a maior parte do tempo, a seleção brasileira, que já estava classificada para o hexagonal final do Sul-Americano sub-20, não conseguiu empolgar. Os erros de passe e a apatia mostrada dentro de campo irritaram os poucos peruanos que foram ao estádio Jorge Basadre prestigiar a última partida do Brasil na primeira fase e que marcou também a despedida da equipe da cidade de Tacna. O único momento de alegria aconteceu justamente no intervalo do jogo. Um animador peruano, que mostrava habilidade fazendo embaixadas com a bola, resolveu “desafiar” Neymar, que participava de um aquecimento. Os dois trocaram passes por alguns instantes e arrancaram risos e aplausos dos torcedores. Fora esse momento de descontração, a partida foi um péssimo espetáculo. Entre nervosismo e a imperfeição, o Brasil cansou de errar passes. Com isso, o Equador, que ainda buscava a vaga para o hexagonal final, se arriscou ao ataque e quase abriu o placar. O goleiro Aleksander, que mostrou mais segurança que o dono da posição, fez boa defesa. Apesar do mau futebol, o gol brasileiro surgiu em um lampejo de qualidade. Alan Patrick iniciou a jogada pelo meio e tocou para Oscar. O meia do Internacional bateu de letra e deixou o atacante Henrique na cara do gol. O são-paulino teve calma para bater no canto esquerdo do goleiro equatoriano e abrir o placar. A situação para os brasileiros melhorou ainda mais quando, poucos minutos depois, o árbitro Diego Abal expulsou Cazares. Na primeira rodada, o mesmo juiz já havia mostrado cartão vermelho para os brasileiros Henrique e Zé Eduardo, gerando muitas reclamações por parte do técnico Ney Franco. Mesmo com um jogador a menos, o Equador manteve volume maior de jogo, mas já não conseguia chegar à área brasileira como antes. Na segunda etapa, o panorama seguiu o mesmo. Para tentar melhorar, o técnico Ney Franco colocou em campo Lucas e Willian José, mas 10min depois deteve sacar o meia são-paulino, que recebeu cartão amarelo e poderia ser expulso, desfalcando o time na próxima fase. Nervoso à beira do gramado, o técnico Ney Franco gritava a todo momento, mas as instruções pareciam não surtir efeito, já que o Equador quase empatou em dois momentos. Em uma delas, a bola parou na trave, e na outra, o goleiro Aleksander salvou a equipe. O alento para os brasileiros, no entanto, foi que a vitória confirmou o primeiro lugar do grupo B, já que a equipe chegou a dez pontos e não pode mais ser ultrapassada. Equador e Colômbia, com quatro pontos, e o Paraguai, com três, disputam as duas últimas vagas para o hexagonal final.

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