14 janeiro 2011

Campeonato Paulista 2011: Paulista começa com 'ajuda' aos times grandes e críticas ao excesso de jogos

O Campeonato Paulista de 2011 começa neste fim de semana com uma mudança de regulamento em relação aos anos anteriores. Ao invés de quatro vagas nas finais, a Federação Paulista de Futebol (FPF) ampliou para oito os classificados ao mata-mata. Assim, diminui-se o risco de os grandes fracassarem na primeira fase. De 2007 para cá, a fórmula do Estadual foi a mesma: todos contra todos na primeira fase para definir quatro finalistas. Naquele ano, Corinthians e Palmeiras ficaram fora das semifinais. Em 2008, foi a vez de Santos e Corinthians não se classificarem. Em 2010, Palmeiras e Corinthians foram eliminados logo de cara. Apenas em 2009 o quarteto da elite obteve êxito diante dos times menores para protagonizar clássicos nas semifinais e na final. Agora, existe uma folga na primeira fase: o G-4 virou G-8. “O Paulista é um campeonato em que podemos ir com tranquilidade para chegar à fase final, porque classificam oito. O nosso objetivo está na Libertadores”, apontou o corintiano Ronaldo, uma das estrelas da competição. “Pelo nível do Palmeiras, tem de brigar pela primeira colocação. Espero que seja mais fácil classificar, mas se não mostrar futebol não adianta nada [as oito vagas]. Existem times de menor expressão que chegam e dão trabalho”, opinou o zagueiro Thiago Heleno, reforço palmeirense para a temporada. Já os treinadores criticam o excesso de partidas. Serão 190 confrontos entre 20 clubes para definir os oito melhores e os quatro rebaixados à segunda divisão. Nesse quesito, não existe diferença em relação às edições anteriores do Estadual. O número de jogos será o mesmo para cada time (no máximo 23, para quem chegar à final). “Creio que poderiam reduzir a quantidade de jogos neste começo do semestre, inclusive no Paulista. Na fase final você pode perder um jogo e ser eliminado. Com menos jogos, cada partida seria mais decisiva”, lamentou o são-paulino Paulo César Carpegiani. “Chega a beirar a irresponsabilidade marcar tantos jogos neste começo do ano, não havendo tempo para preparação física adequada. Todos perdem com isso.” “Com relação à fórmula, não adianta discutir, o Brasil tem melhorado. Precisamos ter um tempo maior de recuperação, os estaduais são longos. Precisamos jogar e sabemos da situação lá na frente. Vejo um campeonato equiparado, difícil, as equipes do interior com mais tempo de preparação levam vantagem no início, mas os grandes devem ser respeitas”, ponderou o santista Adílson Batista. Para respeitar as 23 datas disponíveis, a FPF transformou o jogo de ida da semifinal em quartas de final. Assim, apenas a final será decidida em duelos de ida e volta. As duas fases anteriores serão disputadas em jogo único, na casa de quem apresentar melhor campanha. Se houver empate, vai para os pênaltis.

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