Rio de Janeiro enfrenta uma série de ataques criminosos e realiza uma megaoperação para tentar conter a onda de violência no Estado. Uma mulher de 61 anos que estava em casa, localizada em um dos acessos à favela da Grota, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, foi baleada na barriga hoje à tarde, durante intenso tiroteio entre policiais, homens do Exército e criminosos. Um militar da Brigada Paraquedista do Exército foi ferido na perna por tiros e um fotógrafo da agência Reuters foi baleado no ombro. Também uma criança e outra idosa foram atingidos de raspão. Durante esta sexta-feira (26), o Exército ocupa todos os acessos do Complexo do Alemão com ajuda da Polícia Militar. Traficantes do Morro da Baiana, que fica na região do Alemão, atiraram em direção aos militares. Segundo balanço da Secretaria Estadual de Saúde, até as 18h50 de hoje deram entrada no hospital Getúlio Vargas, que fica na região, oito pessoas feridas. Destas, duas morreram: Thiago Ferreira da Silva, 24, já chegou morto com um tiro na região torácica, e um homem pardo, não identificado, com cerca de 25 anos, atingido no tórax, que também já estava morto. As demais vítimas atendidas são: Maria Luisa de Moraes, 61, internada com um tiro no abdômen; Eliane de Almeida Machado, 62, tiro de raspão na panturrilha; G.P.V., 3, ferida de raspão no braço esquerdo; o militar Walbert Rocha da Silva, 19, tiro na coxa; Leonardo Rodrigues da Silva, 36, corte na mão; e Rafael Querido, 28, atingido de raspão na panturrilha. De acordo com a secretaria, desde a quarta-feira (24), deram entrada na unidade 37 pacientes feridos nos conflitos. Destes, seis morreram (sendo dois hoje e quatro na quarta-feira), sete permanecem internados e os demais tiveram alta. Mais cedo, o tenente da Polícia Militar, Rafael Soares, lotado no batalhão de Olaria, foi ferido na perna esquerda em uma operação no Morro da Chatuba, também no Complexo do Alemão. O militar foi atendido no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e foi liberado. Segundo o último balanço oficial divulgado pela Polícia Militar, 35 já morreram nos confrontos desde o começo da semana. O número foi divulgado no início da noite de hoje. Cronologia dos ataques no Rio de Janeiro: 26.nov-Total de mortos: 35*-Exército chega ao RJ- Com 800 homens do Exército, 300 agentes da Polícia Federal, 200 da Polícia Civil e 200 da Polícia Militar, continuam as operações para tentar conter os ataques no Rio de Janeiro. Ao todo, foram 96 veículos queimados e mais de 30 mortos, segundo a Polícia Militar. Extraoficialmente, seriam mais de 40 mortos. A polícia encontra duas toneladas de drogas na Vila Cruzeiro, além de armas, munições, coletes, entre outros. 25.nov-Total de mortos: 31-Vila Cruzeiro ocupada - Blindados da Marinha chegam à Vila Cruzeiro na megaoperação que reuniu 250 homens e expulsou cerca de 200 traficantes da favela. Imagens de helicópteros de emissoras de TV mostram o momento em que os bandidos fogem pelo matagal em direção ao Complexo do Alemão e o morro é ocupado pela polícia. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, comemora o resultado a operação, anuncia novas ações e diz que o objetivo do Estado é retirar território do tráfico. 24.nov-Total de mortos: 23-Megaoperação - O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM entrou em quatro comunidades da Penha, zona norte, com sete caveirões. Governo do Rio transfere para Catanduvas oito presos acusados de ordenar ataques. 23.nov-Total de mortos: 8-Cabine da PM é atacada – Ataques seriam retaliação às UPPs e à transferência de presos para presídios federais. A Polícia Militar inicia uma megaoperação em 18 favelas, por tempo indeterminado. Um bilhete interceptado em outrubro gera a troca de comando no presídio de segurança máxima de Catanduvas (487 km de Curitiba). O plano de ataque às UPPs deveria ser entregue a dois líderes da facção criminosa Comando Vermelho: Marcos Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP. 22.nov-Total de mortos: 3-Criminosos queimam carros – os ataques seriam uma represália a uma operação do Batalhão de Irajá na favela Cajueiros, em Madureira, na zona norte. Informações davam conta de que traficantes de duas facções -Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos)- teriam se unido para enfrentar a polícia. 21.nov- Série de arrastões assusta motoristas – O problema vinha sendo atribuído à implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à expulsão de traficantes das favelas.
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