O que o Brasil parecia tentar desde o início do Campeonato Mundial da República Tcheca finalmente se concretizou nesta quarta-feira. A seleção de Carlos Colinas foi eliminada da competição, confirmou a pior campanha verde-amarela desde 1990 e ainda corre o risco de igualar o pior Mundial da história do basquete feminino nacional. Com a derrota para as donas da casa da República Tcheca por 84 a 70, o Brasil terminou o grupo F em quinto lugar. Foi a primeira vez desde 1990 que a seleção feminina não chegou às quartas de final de um Mundial. Naquele torneio, disputado na Malásia, o Brasil tinha Hortência, cestinha da competição com média de 31,5 pontos, mas acabou em 10º lugar. Agora, o time de Carlos Colinas vai para o torneio de consolação com uma missão: não repetir a edição de 1975. Na Colômbia, o Brasil vinha de seu melhor mundial até então, o 3º lugar do Mundial de São Paulo, em 1971. No entanto, a equipe, que tinha Laís Elena e Norminha, terminou em 12º lugar, à frente apenas do Senegal. Apesar da eliminação, foi a melhor partida do Brasil no Mundial. Tirando o jogo contra a fraca seleção do Mali, foi a primeira vez que o Brasil terminou o primeiro e o segundo quartos do jogo em vantagem. Colinas, mais uma vez, mudou sua formação inicial. Entraram em quadra Adrianinha, Iziane, Sílvia, Damiris e Érika. Já no primeiro tempo, o espanhol mostrou qual era o seu plano: confrontar a altura tcheca com as gigantes brasileiras. Alessandra e Érika jogaram boa parte do primeiro quarto juntas. No segundo período, quatro minutos brasileiros sem pontuar. A República Tcheca aproveitou, marcou 12 pontos seguidos e abriu nove pontos de vantagem. A seleção sul-americana, no entanto, reagiu e voltou a virar o placar. Ao voltar do intervalo, as brasileiras novamente sofreram um apagão. As tchecas abriram 13 pontos, na maior vantagem européia na partida. Ao final da parcial, a desvantagem não era tão grande: cinco pontos. O que preocupava, no entanto, eram as faltas. Érika, gigante no garrafão, e Damiris já estavam penduradas, quatro faltas cada. No último período, o Brasil até esboçou reação. Franciele acertou arremessos de média distância, mas os erros embaixo da tabela seguiram incomodando. As tchecas aumentaram a vantagem, chegaram a 16 pontos de frente no placar e o resultado foi a eliminação verde-amarela.
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