08 julho 2015

Pan-Americano 2015: No polo aquático, Brasil estreia na competição, com vitória sobre os donos da casa

Desde que voltou a defender o Brasil, Felipe Perrone vem fazendo mais do que ser o bom filho que ''à casa torna''. Além de gols, o carioca dá instruções e guia seu time dentro da piscina. Em uma seleção renovada, com a vinda de peças de fora do país, o início do Pan de Toronto foi vitorioso. Com marcação dura e conjunto funcionando, o Brasil ''com sotaque'' derrotou o Canadá por 11 a 9 e, logo na estreia, já deu um passo importante em busca de uma medalha. O capitão e número 10 do time marcou três vezes, assumiu a liderança e mostrou a importância que teve sua volta após ficar 12 anos - e duas Olimpíadas - defendendo a Espanha.

Sob o comando do técnico tetracampeão olímpico Rakto Rudic, os atletas ''importados'' também mostraram a importância no grupo: Adrian Delgado (que nasceu no Brasil e cresceu na Espanha) marcou duas vezes. O croata naturalizado Josip Vrilic também deixou o seu. Mas, além deles, Jonas Crivella, Gustavo Guimarães, Guilherme Gomes, Felipe Santos da Costa e Bernardo Gomes mostraram a evolução que vem ajudando o time recentemente e contribuíram com gols. A força coletiva foi evidente. Há duas semanas, o time foi bronze na Liga Mundial.

- Felipe é fundamental. Ele é um dos melhores jogadores do mundo. Mas não só isso, tem um capacidade de ajudar e organizar a equipe. Como se fosse um treinador na água. Sua contribuição é grande. Com o Felipe, temos um time muito mais organizado - elogiou o treinador Rakto Rudic.

A vitória sobre o Canadá deixa o Brasil em boa situação na briga por uma medalha no Pan de Toronto. O próximo confronto será nesta quarta-feira, diante da Venezuela. O time encerra a fase de grupos diante do México, na quinta-feira. Na outra partida desta terça válida pelo grupo B, venezuelanos e mexicanos empataram por 9 a 9. Caso vença os dois próximos adversários, o time dificilmente enfrenta os Estados Unidos antes da decisão.

Após o jogo, Felipe Perrone reconheceu sua função decisiva dentro do time e enalteceu a importância da experiência que adquiriu em mais de uma década no circuito internacional. Em Toronto, o Brasil busca a sonhada medalha de ouro no Pan após mais de 50 anos. O último foi em 1963.

- Pela minha carreira, tive a oportunidade de poder viver muitos momentos de tensão durante os últimos 12 anos. Me sinto confortável em estar orientando o time nesse momento. Mas o trabalho eu não faço sozinho. Todos eles escutam quando eu estou falando na água, são ótimo atletas. E, por outro lado, o Rudic me dá essa liberdade, me ajuda e me orienta, para transmitir o que tenho que passar para o time - disse o capitão do Brasil.

o jogo

Antes da metade do primeiro quarto, houve novo problema técnico na arena, e o jogo precisou ser paralisado. Logo na volta, o Brasil acelerou o ritmo do jogo Felipe Silva abriu a marcador. Perrone (duas vezes) e Gustavo Guimarães ampliaram a vantagem. O canadenses, por sua vez, correram atrás. No segundo quarto, chegaram a virar a partida.

Mesmo diante da boa atuação do goleiro canadense, o Brasil continuava pressionando e marcando muito forte. Merecidamente, a seleção do técnico Rakto Rudic terminou o segundo quarto na frente, com 7 a 6. Atletas que vieram de fora, Adria Delgado e Josip Vrlic deixaram seus gols.

Antes mesmo do último, os time brasileiro foi tomando as rédeas da disputa e pressionando o adversário. Controlou e ampliou a vantagem para 11 a 7. Mas os canadenses não entregariam uma derrota no Pan dentro de casa tão rápido. Pressionou até o estouro do cronômetro, chegando ao nono gol. Algumas decisões do árbitro, na reta final, também incomodaram o time brasileiro. Mas não era o suficiente, o time verde amarelo garantiu a estreia vitoriosa e a liderança do grupo.

Fonte: globoesporte.com

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