13 julho 2015

Pan-Americano 2015: Brasil conquista a medalha de bronze por equipes na ginástica artística

Duas quedas nas apresentações no solo de Lorrane Oliveira e Letícia Costa assustaram. O medo é que os erros nas apresentações das brasileiras custassem a medalha na disputa por equipes da ginástica artística. Segura do alto de seus 1,33m de altura, Flavinha, no entanto, afastou logo qualquer possibilidade de zebra. A jovem revelação da modalidade se destacou no solo e na trave neste domingo e puxou a fila da seleção rumo ao terceiro lugar no pódio. Estados Unidos e Canadá ficaram com o ouro e a prata, respectivamente.

O time formado por Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Danielle Hupolito, Julie Kim e Letícia Costa somaram 165.400 pontos na terceira colocação. Com folga, as favoritas americanas alcançaram 173.800 e levaram o ouro. As donas da casa ficaram com a prata (166.500). Além da medalha na disputa por equipes, o Brasil ainda garantiu neste domingo a classificação para quatro finais individuais: trave (Flavinha e Julie Kim), solo (Flavinha e Dani Hypolito), salto (Dani) e individual geral (Flavinha e Dani).

- A gente vem trabalhando muito, treinando muito. Acho que a gente vem vencendo cada etapa. Não é de uma hora para a outra que a gente vai bater os Estados Unidos. A gente sabe que é muito difícil. Mas a gente vem trabalhando, fazendo boas apresentações. Falhas acontecem porque isso é competição. Estou muito feliz - disse Dani Hypolito, após a conquista.

O Brasil veio desfalcado aos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A poucos dias da convocação, Rebeca Andrade sofreu uma lesão e precisou ser operada. O time tem como reserva a experiente Jade Barbosa, que volta de um período de recuperação de uma cirurgia. Ela esteve na arquibancada incentivando as companheiras.

O Pan é uma preparação importante para o principal compromisso das ginastas na temporada. Em outubro, no Mundial de Glasgow, na Escócia, a equipe terá a primeira chance de conquistar uma vaga conjunta para os Jogos Olímpicos de 2016.

APARELHO POR APARELHO

Coube a atleta mais experiente do conjunto iniciar a participação. Daniele Hypolito já havia dito que os anos de disputas a fizeram ficar cada vez mais tranquila antes de competir. Somou 14.150 no solo. Na sequências, duas quedas prejudicaram a pontuação geral. Letícia Costa no fim da apresentação, e Lorrane no começo. A primeira somou 12.850, enquanto a segunda obteve 12.050. Flavia Saraiva foi a última no aparelho. Mesmo pisando fora da linha, a promessa brasileira arrancou aplausos com seu carisma, somando 14.200. Com 41.200, o Brasil ainda precisava de boas notas para não correr o risco de ficar fora do pódio.

- Isso é muito importante. Quando o treinador te bota para abrir o aparelho é porque ele é uma pessoa de confiança. A primeira pessoa a fazer o aparelho tem que passar tranquilidade para todas elas (as companheiras) - disse Hypolito.

O desempenho no salto ajudou. Lorrane ergueu a cabeça depois da queda no solo e tirou a maior nota do time no aparelho, com 14.750. Dani (14.300), Flavinha (14.150) e Letícia (14.150) também alcançaram boas notas. A soma de 43.200 no aparelho foi importante.

O time brasileiro não foi tão bem nas barras assimétricas, única disputa na qual nenhuma atleta do país garantiu presença na final individual. A melhor pontuação foi de Flavinha Saraiva, que somou 13.450. Hypolito, por sua vez, ganhou 13.050. Lorrane e Letícia tiraram 12.900 e 12.450, respectivamente. O Brasil foi para o último aparelho precisando se concentrar para subir no pódio.

No último aparelho, Flavinha voltou a brilhar. Mesmo desequilibrando no início de sua apresentação na trave, conseguiu se recuperar e fez uma saída perfeita. O bom desempenho lhe garantiu a primeira colocação, com 14.550. Julie Kim e Dani Hypolito fizeram 13.750 e 13.300.

Fonte: globoesporte.com

Nenhum comentário: