06 junho 2015

Liga dos Campeões 2014/15: Barcelona vence a Juventus e conquista a tríplice coroa na temporada

Acorda, Neymar! Acorda porque não é sonho! O Barcelona, mais uma vez, é campeão de tudo que disputou na temporada. Embalado por um ataque de 122 gols, os catalães repetiram 2009 e conquistaram, neste sábado, no estádio Olímpico de Berlim, a Liga dos Campeões da Europa e, por tabela, o segundo triplete de sua história. No 3 a 1 sobre o Juventus, não teve gol de Messi. Mas nem precisava. Suárez e Neymar representaram o tridente em partida com emoção até o golpe final do brasileiro, que já no último minuto se tornou ainda artilheiro da competição - ao lado do próprio Messi e CR7. Rakitic abriu o placar e Morata fez para os italianos.

Neymar, que passou a semana dizendo estar vivendo um sonho de criança em Berlim, passa a integrar ainda um seleto grupo de nove campeões da Champions e da Libertadores - cinco brasileiros. O tridente, que quebrou o recorde de gols de um ataque em uma temporada, vê ainda Messi ser o primeiro jogador a terminar a Liga como goleador por cinco vezes, além de ser quem mais balançou as redes na história do torneio, com 77, empatado com CR7.

A taça erguida em Berlim é o quinto da história do Barcelona, que iguala Liverpool e Bayern de Munique, quatro com a participação de Messi. O Juventus, por sua vez, segue com dois e chegou ao sexto vice-campeonato. O título coroou ainda a passagem de Xavi com a camisa culé. O meio-campista, que substituiu Iniesta, eleito o melhor campo, se despede após 17 temporadas e 26 troféus. Luis Enrique é outro que deixa a Alemanha com um lugar na eternidade. Se como jogador nunca foi campeão europeu, cumpriu com maestria sua missão como treinador e repetiu a façanha do amigo Pep Guardiola. O Barça é o primeiro clube da história a completar dois triples.

Juventus nervosa, Barcelona fatal

O Juventus esperou 12 anos para voltar a disputar uma final da Liga dos Campeões. Quando o dia, enfim, chegou, os italianos evidenciaram desde os primeiros minutos o nervosismo e sofreram com isso. Depois de esboçar uma marcação no campo de ataque, que gerou uma finalização sem direção de Tévez e um escanteio, a Velha Senhora foi castigada logo aos três minutos. Recuado, Messi inverteu a jogada para Jordi Alba na esquerda, o lateral escorou de primeira para Neymar, que demonstrou a calma que faltava aos rivais. O brasileiro segurou a bola, esperou Iniesta passar e rolou para o meia, já dentro da área, se tornar o primeiro jogador da história a dar assistências em três finais de Champions. Com a parte da fora do pé, ele presenteou Rakitic, que empurrou para o gol vazio: 1 a 0 Barça.

Se já estava tenso, o Juventus se desesperou e tinha em Arturo Vidal a personificação de seu destempero. O chileno, que já tinha vacilado ao deixar Iniesta avançar livre no lance do gol, enumerou faltas, discutiu com Daniel Alves, recebeu o cartão amarelo e saiu no lucro por não ser expulso. Das 15 faltas cometidas pelos italianos nos 45 minutos iniciais, cinco foram dele, mais do que todo time do Barcelona: quatro. O time de Turim jogava a vida e não lidava bem com essa situação. O Barça, por sua vez, parecia disputar uma partida qualquer, natural para quem participava da quarta decisão em dez anos, e controlava as ações a sua maneira.

Sem pressa, os catalães trocavam passes de um lado para o outro em busca de espaços. Foi assim que a bola chegou até Daniel Alves, na entrada da área, para finalização que parou em defesa espetacular de Buffon. O relógio caminhava para os 20 minutos, e o Juve seguia atordoado. Sem Chiellini, os italianos tinham dificuldade na saída de bola e não conseguiam respirar. Quando colocou a bola no chão, o time italiano melhorou e equilibrou as ações. Tévez e Pogba corriam e demonstravam vontade, mas as melhores chances caíram nos pés de Morata, que errou o alvo. Marchisio, em chutes de longa distância, foi o responsável por levar um pouco de perigo a Ter Stegen.

Com o dobro de posse de bola, 67% contra 33%, o Barcelona administrava a vantagem como se o segundo gol fosse acontecer naturalmente. A partida em determinado momento chegou a ficar monótona, até que, com duas arrancadas, Suárez, com boa dose de individualismo, deu alguma emoção aos minutos finais. Nada muito empolgante.

Mordida campeã: Suárez é o herói do tridente

A segunda etapa começou no mesmo ritmo, com Suárez arrancando e dando problemas a Buffon. Em contragolpe aos três, o uruguaio chutou forte, de bico, mas o goleiro italiano fez outra linda defesa. Mais seguro de si, o Juventus não se abateu e partiu para o ataque. Com espaço, Messi tabelou com Neymar e chutou forte para fora. Os italianos, por sua vez, não demorariam para dar o troco.

Aos nove minutos, Marchisio, muito marcado, descolou bonito passe de calcanhar para Lichtsteiner, na direita. O suíço cruzou rasteiro e encontrou Tévez, que já girou chutando de canhota. Ter Stegen fez a defesa parcial e a bola se apresentou limpo, na pequena área, para Morata empatar. Cria do Real, o espanhol externou toda vibração que guardou nos gols marcados contra o ex-clube, na semifinal.

Confiantes, os italianos passaram a ditar o ritmo da partida e se mantinham no campo de ataque. Uma arrancada desenfreada de Piqué para o ataque deixava claro os efeito do gol sofrido no Barcelona. A confiança, no entanto, se tornou armadilha para o Juve, que deu espaços na defesa e foi castigado.

Aos 23, Messi avançou com rara liberdade, conduziu a bola até a entrada da área e chutou forte. Buffon seguiu o protocolo e espalmou para o lado, mas Luis Suárez foi mais rápido que Evra e escorou de primeira. Gol! O Barça novamente estava na frente. Foi a 25ª vez que o uruguaio balançou as redes na temporada, 121 para o tridente formado com Messi e Neymar. O brasileiro ainda faria o 122ª logo depois, em lance anulado por toque de mão após a cabeçada para vencer Buffon.

A vantagem fez o Barça voltar a administrar a partida, e o Juventus novamente se perdeu na própria ansiedade. Por mais que adiantasse a marcação e ficasse no campo de ataque, os italianos não conseguiam chegar ao gol de Ter Stegen e apelavam para bolas aéreas. A estratégia não fazia efeito. Um chute de longa distância de Marchisio foi o lance de maior perigo.

No minuto final, o Barcelona deu o golpe de misericórdia. Aproveitando os espaços de um Juventus desesperado pelo empate, Neymar arrancou em contragolpe, tocou para Pedro, recebeu de volta e chutou firme para superar Buffon. Não faltava mais nada. O sonho de criança do brasileiro está realizado, e com direito a artilharia da competição de clubes mais badalada do mundo.



Parabéns ao Barcelona pela conquista da Liga dos Campeões 2014/15!!! Parabéns a Juventus por ter chego a final!!!

Fonte: globoesporte.com

Foto:
Site Oficial do F.C Barcelona


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