24 junho 2015

Copa América 2015: Brasil vence a Venezuela e classifica-se para a próxima fase em primeiro do grupo

O Brasil está classificado. A ausência de Neymar não impediu que a equipe fizesse sua melhor partida na Copa América – ou a menos pior – e vencesse a Venezuela por 2 a 1, gols de Thiago Silva, Roberto Firmino e Miku. Longe de ser brilhante, muito longe, mas organizada. O Paraguai, invicto, será o adversário nas quartas de final, no próximo sábado. Há quatro anos, na mesma fase, o mesmo rival eliminou a Seleção numa bizarra disputa de pênaltis. Neymar estava em campo. Não estará dessa vez. Dunga aproveitou a vitória tranquila para fazer teses. Terminou com David Luiz e Daniel Alves no meio, Marquinhos na lateral direita. Willian, autor do passe para o segundo gol, foi o destaque. Agora, cinco dias para o futebol melhorar. Será preciso.

Miranda foi capitão da seleção brasileira pela primeira vez. Dunga elegeu Neymar seu capitão quando assumiu o cargo. Nos outros dois jogos em que o atacante não havia sido titular, David Luiz herdou a faixa. Dessa vez, com o cabeludo no banco, o técnico teve que escolher entre Thiago Silva e Miranda. Capitão da Copa do Mundo, Thiago ficou sem a faixa dessa vez. Miranda é o único que começou os 13 jogos com Dunga. Cada vez mais, jogador de confiança.

Robinho não era titular da Seleção desde o dia 10 de agosto de 2011, quando Mano Menezes ainda era o técnico e o Brasil perdeu da Alemanha por 3 a 2. Foi a primeira partida logo depois da Copa América daquele ano. Desde então, o atacante só havia entrado durante os jogos. Contra a Venezuela, ele tentou clonar Neymar no posicionamento. Ao lado de Firmino no ataque, se movimentou, voltou para buscar o jogo, atuou mais centralizado do que costumava fazer antigamente. Foi bem na função de organizador, mas o ritmo com ele no lugar do camisa 10 ficou mais lento.

O gol de Thiago Silva foi o sexto de bola parada dos 24 que a Seleção marcou desde a volta de Dunga, após a Copa do Mundo. O zagueiro aproveitou cruzamento de Robinho e abriu o placar. O último gol dele pelo Brasil havia sido marcado contra a Colômbia, nas quartas de final da Copa do Mundo. Justamente no jogo em que ele recebeu o cartão amarelo que o tirou da semifinal diante da Alemanha.

David Luiz entrou no segundo tempo no lugar de Philippe Coutinho. Testado pela primeira vez por Dunga como volante, posição em que já atuou no Chelsea e no PSG. Ele atuou bem próximo aos zagueiros Thiago Silva e Miranda. Os laterais e Elias ficaram mais soltos com sua presença em campo.

Neymar chegou com a Seleção, mas não pôde ficar no vestiário durante a partida. Era uma regra da Conmebol. Assistiu de uma cabine do estádio ao primeiro gol e viu a homenagem de Thiago Silva. Voltou no segundo tempo e curtiu a classificação. Quando o telão mostrou sua imagem, foi vaiado por venezuelanos e chilenos. Não pelos brasileiros, que torcem para que sua suspensão caia de quatro para três jogos, na terça-feira, e ele possa disputar uma eventual final.

Pela primeira vez, a seleção brasileira teve mais apoio do que “secadores” nesta Copa América. Na estreia, em Temuco, os peruanos eram maioria. Na segunda rodada, já em Santiago, foi um passeio colombiano, e o estádio Monumental se transformou em Bogotá. Dessa vez, os brasileiros conseguiram se equilibrar aos venezuelanos, mas fizeram mais barulho. Para o bem e para o mal. Em determinados momentos do primeiro tempo, não perdoaram os toques laterais sem velocidade e vaiaram o time de Dunga. Foram 33.284 pagantes.

Fonte: globoesporte.com

Nenhum comentário: